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sábado, 4 de abril de 2015

COMUNICADO DA AIFPMJ



Diante das infundadas e difamatórias alegações divulgadas a seu respeito pela imprensa nos últimos dias, a Associação das Indústrias Fabricantes de Placebo do Município de Jeguinho - AIFPMJ, vem a público esclarecer o seguinte:

- Os dezoito óbitos ocorridos pela ingestão de comprimidos de placebo, presumivelmente fabricados pelas indústrias de nossa associação, referem-se a pacientes que notoriamente sofriam de severos distúrbios psicossomáticos. Por essa razão, muito mais influenciáveis aos efeitos que a substância ativa poderia acarretar, se estivesse contida nas cápsulas. Tal fato seria capaz de potencializar exponencialmente os efeitos de medicamentos com ação farmacológica zero.

- A farinha utilizada nos placebos por nós distribuídos possui índice comprovado de pureza da ordem de 99,9999999999%, quimicamente incapaz de abater um ácaro, quanto mais um ser humano.

- Só podem ser considerados puros os placebos certificados com o selo "100% inócuo", conferido por nossa entidade às empresas que cumprem rigorosamente as normas técnicas por ela estabelecidas. Não há provas periciais até o momento que confimem que os placebos ingeridos pelas vítimas tinham em suas cartelas o citado selo. Da mesma forma, nenhum indício sugere que as cápsulas que provocaram os óbitos e as de nossa produção sejam de farinha do mesmo saco. 

- Mortes por ingestão de placebos vêm sendo relatadas nos mais diversos rincões do globo, e não somente ao noroeste do Piauí, como algumas das matérias levianamente dão a entender. Cabe à comunidade científica internacional - especialmente o FDA -  mobilizar esforços para estudar o fenômeno em âmbito mundial e posteriormente explicá-lo à opinião pública. 

- Por se tratar de produto de consumo de massa em nossa caatinga  e item de larga tradição no criado-mudo do sertanejo, desde a época do Brasil Colônia, a pujante indústria do placebo tem consciência de sua responsabilidade sociofarmacêutica. Tanto que vem sabendo acompanhar as crescentes exigências do mercado e do consumidor, no que diz respeito à qualidade das cápsulas distribuídas entre o agreste sergipano e a Chapada do Dedéu - área onde o consumo disparou nas últimas décadas, ocasionando inclusive o aparecimento de dezenas de rotas de tráfico da substância.

- Entendemos que o placebo genérico, cuja entrada no mercado foi recentemente regulamentada após forte lobby em Brasília, não pode ser admitido farmacologicamente como placebo por não ter sua pureza controlada pelos órgãos reguladores a que a nossa entidade está submetida. Consequentemente, seu uso representa potencial ameaça à saúde pública. 


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